A Inclusão

Quando se pensa numa escola inclusiva, talvez não se vejam as duas faces da moeda. Talvez não se percecione a “cara” e a “coroa” do processo de inclusão. No Agrupamento de Escolas de Campo criou-se uma relação genuína de partilha de fragilidades e trabalho conjunto para as ultrapassar.

Dois alunos: um que necessita de cadeira de rodas para se deslocar e iniciou o ano letivo numa nova escola, a nossa escola, e um outro com resultados escolares fracos e subjacente desinteresse escolar, a repetir o 6° ano de escolaridade – quis o acaso que pertencessem à mesma turma. A partir desse momento, o aluno considerado especial pelas suas fragilidades físicas, permitiu que o seu colega se tornasse também ele especial!

Se a inclusão tivesse nome, poderia chamar-se Ricardo. Se a inclusão tivesse nome, poderia chamar-se Diogo.

O Ricardo, aluno desinteressado e com comportamentos desajustados em contexto escolar assumiu papel preponderante no acompanhamento do Diogo. O Diogo passou a ter um Amigo. Uma amizade pautada por respeito e aceitação plena das necessidades individuais. Uma amizade que resultou numa simbiose perfeita entre a integração feliz e acompanhada do Diogo, e na outra face da moeda, uma transformação na atitude do Ricardo, que revelou o seu lado bom, a sua responsabilidade, ultrapassando o desinteresse que tinha pela escola.

Desta simbiose perfeita resultou um menino feliz, integrado numa escola nova e um aluno responsável, solidário e mais empenhado.

Feliz da Inclusão por ser mote de tão nobres pares de crescimento.

Feliz o nosso Agrupamento por assistir a tão fiel retrato da inclusão.

Obrigada Ricardo! Obrigada Diogo!

Ana Saldanha e Flora Fernandes

 

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