No dia 23 de março, a turma 7ºE visitou o Parque das Serras do Porto, no âmbito do Projeto desenvolvido no Domínio de Articulação Curricular “A Serra e a nossa História”.
À chegada, observaram a galeria ripícola do rio Simão e nos pequenos cursos de água que acompanhavam o caminho, anfíbios, sobretudo, rãs. Nas minas resultantes da exploração de ouro pelos romanos, pode apreciar-se também a salamandra-lusitânica (logótipo do Parque por ter estatuto de conservação “vulnerável”) e o morcego-de-ferradura-grande, o maior da Europa. A presença daquele povo é também visível nas rochas, que contêm marcas das rodas dos carros de bois que transportavam a farinha proveniente dos moinhos hídricos do rio Sousa.
Em Couce, “Aldeia de Portugal” localizada entre a Serra de Santa Justa e Pias e banhada pelo rio Ferreira, fez-se uma paragem no parque de merendas para lanchar e descansar, tendo sido possível observar as casas antigas, construídas com blocos de quartzito e de xisto, aproveitados diretamente da natureza.
Ao longo do percurso pedestre, a turma pôde contemplar bosques de sobreiros e carvalhos – típicos da região – em cujo subsolo se encontrava o escaravelho-rinoceronte em estado larvar, de difícil observação, tal como acontece com a vaca-loura (espécie protegida). Espalhadas pelo parque, as colmeias abrigam as abelhas, produtoras de mel, que se alimentam do pólen recolhido de flores como a urze; este inseto encontra-se ameaçado pela vespa-asiática, para além da ação do Homem. Com vista a protegê-las, há diversas armadilhas de captura e extermínio, bem como de monitorização de insetos. Os alunos tiveram ainda a rara oportunidade de presenciar o acasalamento de um zangão com uma abelha-rainha, no solo.
Com base em todos estes exemplos de beleza, diversidade e harmonia, puderam confirmar a riqueza da fauna e da flora deste parque, ainda que existam plantas invasoras, controladas através de queimadas regulares e ações de voluntariado e reflorestação com espécies autóctones.
As Serras do Porto constituem um património geológico, natural e histórico único e mágico que urge conhecer e preservar. Visite-as!
Texto coletivo da turma 7ºE